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sábado, 6 de novembro de 2010

Um é pouco, dois é bom, três é traição 3

       III

Bruna não respondeu. Pegou suas malas, agradeceu ao Seu Joaquim e entrou em casa acompanhada pela mãe que, apavorada, queria saber o porquê de a filha aparecer-lhe em casa naquela hora de mala e cuia, sem o marido. Bruna sentou-se no sofá, sua mãe sentou-se ao seu lado. A filha debruçou o rosto no colo da mãe e chorou, chorou como quando era criança e algo a machucara. Chorou, enquanto sua mãe passava a mão em sua cabeça, acarinhando seus cabelos e sem fazer pergunta alguma, aquele era o momento de deixá-la chorar, o momento para saber o porquê era mais tarde quando as lágrimas secassem. 
Alberto continuou ali parado no meio da rua vendo a Belina de Seu Joaquim se afastar e depois desaparecer. Era realmente o fim para os eu casamento. Passou as mãos na cabeça e voltou para sua casa, Sabia mesmo que ali terminara realmente seu casamento. O que faria depois disso? Como poderia sobreviver e viver sem a mulher de sua vida? Entrou em casa e sentou-se no sofá, as lágrimas ainda escorrendo de seu olhos. Nunca chorara. Nunca mesmo, nem quando era criança e sua mãe ou seu pai lhe pegava de cinta, não chorava. Não chorou quando sua avó que tento amava morreu, nem quando a irmã morrera, nem quando o Brasil perdeu a Copa. Mas ele sabia que a falta de lágrimas não era excesso de machismo, não, a falta de lágrimas era um desespero em sua vida, pois só piorava a sua situação, só aumentava a sua dor em mil vezes, e talvez mesmo por isso ele sentia tanta dor em seu coração, era por isso que aquilo lhe doía mais do que o normal. 
De repente ouviu alguém abrir o portão de sua casa. Levantou-se num salto, era Bruna voltando? Só podia. Enxugou as lágrimas e saiu correndo para a porta. Abriu-a já pronto para abraçar a mulher e pedir perdão pelo menos um milhão de vezes. Quando a porta se abriu...
 Soninha.
- O que você está fazendo aqui?
- Vim saber se precisava de alguma coisa.
- Preciso ficar sozinho.
- Deixa-me ficar com você.
- Não, por favor, vá embora.
- Eu quero ficar. – disse ela despindo-se do vestido, abraçou-o.
Alberto sentiu a pele nua daquela mulher na sua. Mas que merda de homem que não consegue vencer tentação alguma! Ele a abraçou, depois a arrastou para o quarto, afinal de contas, agora, estava só, solteiro. Jogou Soninha sobre a cama e atirou-se depois sobre o seu corpo.
- Você é uma safada.
- E você adora uma safada.
- Por que me tenta?
- Porque quero. Vem. Vamos terminar o que começamos...
Não podendo resistir e na verdade nem ao menos tentando muito Alberto cedeu. Soninha não era bela, aliás, não tinha muito de beleza a não ser as grandes nádegas e aquele jeito sensual de andar. No mais ele não saberia dizer o que o atraiu naquela mulher. Mas nua como estava pouco lhe importava naquele momento, se era bela ou não. O que ele mais queria era se refestelar naquele pasto.
- Nossa! Quanta fome! – comentou a mulher aos risos.
- Você viu o que você fez hoje?
- Eu fiz, não. Você é que veio com essa sua conversinha fiada para cima de mim. Eu caí como uma tonta... Se soubesse que iria me culpar pela sua separação juro que não tinha aceitado.
- Brincadeira, princesa – arrumou ele vendo-a se recusar aos finalmente.
- Brincadeira nada! Você falou sério.
- É porque você não me conhece direito, por isso acha que falei sério. Venha. Vamos brincar um pouquinho.
Ela o olhou hesitante mais ou menos um segundo e atirou-se sobre aquele homem. E a coisa ficou tão boa que nem ao menos se importaram com a hora. A noite caiu e com ela um novo ciclo de carícias. Pareciam famintos um pelo outro. Mas a cada toque Alberto não podia deixar de pensar em sua esposa que não voltaria mais e isso só o fazia desejar mais Soninha como forma de compensação e justificativa a si próprio. Em alguns momentos ele dizia a si mesmo que não estava nem aí, logo sentia remorso pelo que fez e pelo que estava fazendo. Mas, uma coisa era ceto, já que sua esposa havia lhe abandonado tinha o direito de poder fazer o que bem quisesse, estava solteiro novamente.
Quando acabou mais aquela rodada de carícias, levantou-se da cama.



Continua amanhã 

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