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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Os Princípios da Traição 2 - da Primeira Masturbação Feminina aos Chifres Históricos

      II


Deus é perfeito e não erra, mas me cabe dizer que ele cometeu dois equívocos – o primeiro foi ter criado o homem; o segundo, a mulher. Por essa criação começa toda a história da humanidade. O homem nasceu para a mulher. Os filhos de Adão comiam as próprias irmãs. E todas as vezes que penso no pecado original, imagino que nada tem a ver com a cobra, mas sim com uma Eva descobrindo que tinha dez dedos na mão. Eu tenho comigo que a conversa com a cobra nada mais foi do que a primeira masturbação feminina do mundo. Só pode, não consigo entender outra coisa. Os teólogos que me perdoem. E Adão só não foi corno porque Eva não tinha outra opção, senão ele estava ferrado, ela era muito moderninha para a sua época, imagine só, ela inventou a masturbação feminina e tentou o homem, que era quase um santo. E esse pecado deve ter sido feito às pressas, afinal sabiam que Deus toda hora estava dando uma voltinha no Paraíso, eles não quiseram ser surpreendidos. Mas era lógico que Deus saberia. Quem não sabe que um casal estava fazendo sexo quando você bate na porta da casa deles, o homem vem atender com a camiseta pelo avesso, os cabelos em desalinho e diz, sem graça, que a mulher está no banho ou dormindo, por conta de uma dor de cabeça. Eu não posso crer que Adão foi tão trouxa pensando que iria esconder o pecado original. Mas o que penso, também, e tenho certeza de que irão concordar comigo, é estranho que Eva tenha descoberto primeiro o prazer da carne, ou ela era muito safadinha ou o pobre Adão era muito devagar, estou quase acreditando que Adão gostava mesmo era de passear com os bichinhos do Paraíso, ele estava lá mito antes de Eva chegar. E o que levou Deus a sentir pena de Adão e fazer uma mulher? Se o problema era solidão, era só criar um amigo, algumas caixas de cerveja e problema estaria solucionado. Tenho comigo que o que mais incomodava Deus quando ele criou a mulher, era o fato de Adão andar bolinando nos seus bichinhos criados com tanto carinho.
Essa explicação inicial nada tinha a ver com tema proposto, mas eu precisava expor as minhas ideias; idiotas, por sinal. O fato é que desde que o homem é homem ele vive a procura de sexo, e desde que o sexo existe, o homem tem medo de ser corno. E tem que ter mesmo. Os chifres podem aparecer em qualquer época, sem aviso, sem motivo. Ninguém precisa de motivo para cornear, precisa de motivo para não cornear. O fato é que o chifre é algo tão comum que o ser humano deveria ter nascido já guarnecido desse artefato. Quem nunca teve medo de ser corno que atire a primeira pedra. O corno existe em todos os seguimentos da sociedade. Corno miserável, corno famoso, corno rei, esse último guarnecido de uma coroa que disfarça bem os chifres. Se formos procurar saberemos que a História da humanidade está repleta de chifres por tudo quanto é lado. Tome cuidado, você, para não ficar no caminho de um chifrudo, isso é muito perigoso. 
Tem certos tipos de Ricardões que são ingratos. Basta nos lembrarmos do caso de um dos maiores escritores da nossa língua Euclides da Cunha, autor de Os Sertões que foi assassinado pelo cadete Dilermando de Assis, amante de sua esposa, Anna Emília. Se você não se lembra deve ser porque isso aconteceu um 1909. Mas há muito mais exemplos de cornos famosos, Frank Sinatra, Silvester Stallone, Henrique VIII, Don João VI, Agamenon, e só não cito os famosos atuais porque os chifres desses todo mundo vê e como ainda está doendo pode dar problema.
Agora uma coisa que de tenho medo é do tal de corno assassino. Sempre tive, já não é de hoje. O tal do corno assassino é o cara que não admite em hipótese alguma a possibilidade de ser corno, diz que prefere ser viúvo a ter um par de chifres. Conheci muitos assim, mas nenhum era tão extremo quanto Valadão. Valadão era um baiano de notória valentia, daqueles que não pensam um milésimo de segundo para furar a barriga de um engraçadinho que lhe xingou a mãe.
Valadão havia chegado à cidade há poucos anos e logo se fez respeitar ao primeiro bêbado que lhe disse asneira, furou-o de faca dizendo que na terra dele não tinha homem, tinha macho. E macho acabou sendo chamado por toda a vida. Trabalhador sem igual, bebedor como ninguém, mandava litro de cachaça para o rabo sem piscar um olho, nunca vi. E com ele o Santo não tinha vez, o filho da mãe ainda segurava o copo por alguns segundos emborcado na boca que era para garantir que não ficaria uma só gota. Era o tipo de homem, ele poderia dizer, que o seu lado feminino era lésbica.
Em Valadão muita coisa era “ão”, era um homenzarrão, beberrão, machão, e tinha um mulherão. Que mulher! Andreia viera com ele da Bahia. Era uma mulata perfeita em tudo, grandes seios, grandes nádegas, grossas pernas, absolutamente um espetáculo típico de uma rainha de bateria. Quando saia com o marido, abusava dos decotes e do comprimento, ou melhor, da falta de comprimento de suas saias; sozinha, porém, andava como uma freira. Mas tanto de uma forma como de outro era uma delícia em carne e osso, e, devo admitir, muito mais de carne do que osso. Ela era tão boa, mas tão boa que até os viadinhos da cidade diziam que se fosse por ela voltariam a ser homens. Mas qual deles tinha coragem de sair com a mulher de Valadão, o próprio nome do homem já fazia homem barbado fazer o sinal da cruz, por isso poucos, ou quase ninguém, se engraçava com Andreia. A não ser o trouxa aqui.

 amanhã eu lhe conto, até lá




















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