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sábado, 28 de agosto de 2010

Para os Xavequeiros de Plantão III




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A primeira coisa que perdemos para nos tornar catadores é a vergonha na cara, só assim podemos avançar rumo ao desconhecido mundo dos foras, esse mundo misterioso onde os homens não gostam de ir. Para Edson inventar a lâmpada ele precisou errar muitas e muitas vezes. Para Dumont conseguir voar teve que se estraboucar (não sei nem ao menos se existe essa palavra no dicionários, na minha região ela é conhecida como o ato de dar de cara com o chão, se ferrar em verde e amarelo que é outra expressão que não faço a menor ideia do significado)... Eu já até perdi o fio da meada … Lembrei-me... Para aprender o certo temos que saber o que é errado, alguém em algum lugar disse - o homem inteligente é aquele que aprende com os próprios erros, o sábio aprende com os erros dos outros. O fato é que para aprender a saltar de asa delta você não pode ter medo de cair, para aprender a xavecar você não pode ter medo de foras. Mas o que é o fora?
O fora pode ser tantas coisas positivas ou negativas dependendo, é lógico, do seu ponto de vista. Você pode ou não tirar proveito de uma situação ou se ferrar por causa disso. Não precisamos ter medo do desconhecido mundo do fora, ele nada mais é do que um passo no aprendizado. Você não deixa de sair nas ruas porque vê nos jornais que centenas de pessoas são assassinadas durante a noite, depois das baladas, ou nas próprias baladas. Não podemos ter medo de nos arriscar. Temos que ser guerreiros.
Quem nunca ficou com cara de idiota quando tentou falar com uma mulher e ela, simplesmente, ignorou-o ou tratou-o com tanta educação e respeito que sua vontade era a de xingá-la. No mundo das conquistas, tanto uma quanto a outra, são negativas. Ser enxotado é ruim, ser tratado com muita educação, horrível.
Para nós, xavecadores de plantão, o não é consequência plausível, não chega a causar muitos estragos. A minha vida inteira, sempre soube que, para chegar ao sim, deveria atravessar a dificuldade de ouvir alguns nãos. Eu ouvi muitos. Ouvi:
+ não educado:
- Ah, eu adoraria ficar com você.  Você é tão lindinho! Mas não posso, estou ficando com o fulano.
- Mas o fulano não está aqui, fica comigo.
- Eu adoraria, seria magnífico. Quem sabe outra hora, num outro momento... Agora não posso, mesmo.
+ Tem os nãos convictos.
- Não.
- Não? Por quê?
- Não porque não. Qual parte do “não” não ficou clara?
- Foi aquela parte do til.
- Cai fora, vai amolar outra. Tenho mais o que fazer.
+ o não que quer dizer sim.
- Não, não tô querendo me comprometer com ninguém, estou saindo de um relacionamento e não sei se acreditarei em outro homem.
- Mas eu sou diferente.
- É o que todos dizem.
Aí você se aproxima e beija-lhe a boca com ternura.
- Eu sei fazer uma mulher feliz, quer experimentar?
Ela nem responde com palavras, responde com beijos e, pouco tempo depois, ela descobre, somos todos iguais.
+ e tem o sim.
A coisa que sempre me assustou foi o sim. Eu nunca estava pronto para ele. Sempre chegava numa mulher pronto para debater, tentar expor meu lado mais romântico ou o mais safado. Quando ouvia um sim tão explícito ficava sem jeito e quase saia correndo. É claro que aquelas que diziam sim faziam-na ver que era melhor ter dito não. Homem gosta da ideia da mulher ser fácil, mas quando elas o são, ele já acha que ela está louca por ele, está encantada, ele é mesmo o gostosão. Então ele faz algumas cagadas e, logo, a mulher se arrepende amargamente de ter dito aquele maldito sim.


Para os  Xavequeiros de plantão  continua amanhã....
Não perca! 

Valdir Bressane

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