O Sumiço do Cadáver
Capítulo I
- Bom dia! O senhor é o José, faxineiro aqui do cemitério? - Perguntou sem rodeios o delegado.
- Sim, doutor, sou eu.
Respondeu o faxineiro com ar de desconfiança e meio acanhado. Este começou a se empertigar com vários pensamentos que passaram pela sua mente naquele momento. - O que será que eu fiz? Será que o Zé da Vassoura não limpou o chão dereito? Será que apariceu alguma iscultura quebrada e tão pensano que foi nóis, o faxineiro e os outro pessoá da limpeza, quem quebrou?
- Senhor José. - Disse o delegado com voz de autoridade, apresentando-lhe a credencial de polícia. - Muito bem. Onde o senhor encontrava-se ontem à tarde, no momento da chuva?
- É, é, eu, doutor? Eu tava na sala lá da administração com meus culega e outro pessoá.
- Fazendo o quê?
- Esperando a chuva cessar, doutor.
- Quem são os seus colegas? E o que vocês estavam fazendo enquanto esperavam a chuva parar?
- Nóis tava jogano truco: eu, o Zé da Vassoura (o Véinho), o Mané e o sinhor Guilhermino; os outro já tinha ido pra casa pro mode já tinha dado a hora deles ir imbora.
- O senhor viu alguém estranho, entrando ou saindo do cemitério no momento da chuva?
- Num vi, não sinhor. A única pessoa que vi na hora do temporá, agora me alembro, foi o lixeiro da prefeitura pegano os lixo que a gente cata aqui no chão. É mais papé no chão que o povo joga e as folha que cai das árves.
- O senhor percebeu algo de estranho no comportamento do lixeiro ou algo diferente que ele estivesse carregando?
- Vi, vi o lixeiro carregano uma caixa grande que a gente tinha colocado no lixo, horas antes do temporá. Essa caixa estava cheia de papé higieno usado, porque os saco de lixo tinha acabado e a administração falou que estava sem verba para cumprá mais. Mai doutor, o sinhor tá me fazeno tanta pregunta assim, pro mode quê? Nóis num limpamo o cimitério dereito, foi? - Oh, doutor, vá descuipando aí, nóis inté que se isforça, mai o doutor sabe, aonde tem gente, pode isperar que tem sujera, gente parece que tem parte cum o chifrudo. É nóis limpano e eles sujano. - Disparou José.
- Não, senhor José, é que o túmulo do senhor Afonso, foi violado e o cadáver sumiu. Eu sou o delegado encarregado do caso para fazer as investigações até descobrir onde foi parar o corpo.
- Sumiu? Ora, pois, parece mesmo que vi arguém cumentar. Mai, o doutor sabe, é tanta sepurtura pra a gente limpar, que nóis nem si dá conta quano acuntece um caso desse por aqui. - Ixi, de vez in quano some um cadáver da cova. A administração inté já perdeu a conta de quantos foi. Mas o sinhor quer saber seu delegado Napoleão, inté hoje num se discubriu ainda quem faz isso. Já se suspeitou di um bando de gente por aqui.
- Cite alguns do bando, senhor José: - Solicitou o delegado, Napoleão.
- Num sei, não sinhor. Uns fala que é um povo isquisito, que si vesti de preto e gosta de vir ao cimitério quando a noite entra; falam que são uns tais de gótico.
- Quem falou, senhor José? Apressou-se o delegado, em saber.
- Sei não sinhor, doutor delegado. É a língua do povo, né!
- Senhor José aonde encontravam o Zé da Vassoura, o Manuel e o senhor Guilhermino?
- Eles tava jogano truco na hora do temporá, na sala da administração. Isso eu já falei pro sinhor, doutor delegado. O sinhor si isqueceu, foi? – Indagou o senhor José?
- Ah, sim. Havia me esquecido. Desculpas. Bom, senhor José, por ora está dispensado. Mas não saia da cidade até que a polícia conclua o caso. Passar bem! - Disse o delegado Napoleão, se despedindo.
A pessoa que cometeu este crime, está acostumada a fazê-lo. – Assim, pensou o delegado, ao retirar-se.
Sinopse:
O Sumiço do Cadáver é o primeiro livro da Série O Sumiço. Uma literatura Juvenil cheia de mistério que envolve o leitor do início ao término da história com os interrogatórios do delegado Napoleão. Ele procura desvendar o mistério do sumiço do cadáver do diplomata brasileiro Afonso Pinheiro, funcionário do Governo Federal da Era Vargas, do Cemitério Jardins das Palmeiras, fazendo uso dos métodos indutivo e dedutivo.
Divirta-se acompanhando as investigações do delegado Napoleão.
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5 comentários:
Gostei muito do primeiro capitulo do livro!!
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Nome de seguidor do Blog: Patrick Eduardo
Quero muito ganhar!!
Sempre fui fã de obras investigativas, sejam elas no cinema, tv, games ou livros, e pelo capitulo mostrado, parece ser uma historia interessante, porem de facil assimilação, alem de que é sempre bom apreciar a literatura nacional.
@samuel_dw
Adorei o primeiro capítulo desse livro, parece uma ótima história, vou participar dessa promoção!
Eu também quero ganhar.
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