VII
Eu não acredito. Ela se levanta e me segue. Na frente do Café do Grego faço sinal para um taxi. Estou segurando a sua mão. Quando estou entrando no carro ela me puxa de volta.
- Tem uma coisa que você precisa saber antes de entrar nesse carro.
- Edite, não existe nada no mundo capaz de me fazer desistir de entrar.
- Tem certeza?
- Se é assim... Tudo bem... - diz ela dando de ombro e entrando no veículo. Começo a acariciá-la dentro do taxi enquanto o taxista tenta me roubar querendo dar voltas pela cidade. Indico o caminho e viro-me para Edite e a beijo. Que alegria! Na verdade eu não posso imaginar que foi tão fácil. Mas foi.
O carro para diante do motel. Eu a encaro como se perguntasse, tem certeza de que quer entrar? Ela só sorri. Entendo como um sim. Conduzo-a para dentro do motel e em dois minutos estamos cercados por aquele ar de sexo, cheiro de orgia, de carinho, de amor, de selvageria... ela senta-se na cama e sorri para mim. Fecho a porta e atiro-me sobre ela. Beijo sua boca, seu pescoço, seu colo, seus seios, sua barriga... ela me freia e faz-me voltar a beijar sua boca. Minha mão continua por lugares donde a boca não chegou. Mas ela não permite que a mão boba continue o seu caminho. Livra-se de mim e para diante da cama.
- Espere um pouquinho, Rui. Você tem que saber uma coisa.
- Depois você me conta.
- Depois pode ser tarde.
- Então tudo bem, diga.
- É muito complicado.
- Não force a sua cabecinha com isso, depois você me conta.
Atiro-me novamente sobre ela e a derrubo sobre a cama. Beijo-a com vontade. Ela tenta se desvencilhar, mas não permito, sou mais forte. E começo a despi-la. Ela me olha, agora com um certo ar de pavor. Eu paro e penso – Só me faltava essa doida ser virgem. Continuo tentando tirar-lhe a roupa. Ela se levanta rapidamente.
- Para.
- Mas o que foi, gatinha?
- Bem ... é ... que eu não sou normal
- Nem todo mundo pode se gabar de ser.
- Para de gracinha e me ouve.
- Eu não quero ouvir, eu quero...
- Quer? Quer o quê? Isso?
E Edite tira as últimas peças de roupa do corpo que não consegui tirar. Eu paro estarrecido. Juro que pude sentir meu coração parar por um instante. Não era possível! Senti subir-me uma fúria, uma vontade de socar Edite.
- Seu filho da ... você é homem. Desgraçado, eu te mato.
- Eu não sou homem.
- Não? E esse negócio aí, é coisa de menina.
- Eu não sou homem, sou hermafrodita.
- Brincou.
- Sério.
- Mas por que você não me falou?
- Eu tentei.
Hermafrodita? Eu pensei que isso só existisse na imaginação dos loucos, mas não na vida real. Fico parado olhando aquela cena bizarra, de uma mulher tão linda estragada por aquela coisa entre as pernas.
Ela se aproxima.
- Desculpe-me, vou embora.
- Acho que é melhor mesmo.
Ela se veste. Eu abotoo minha camisa, sem encará-la. Tomo o rumo da porta. Ela me acompanha. Paro de repente a sua frente e viro-me.
- Já que pagamos, porque não aproveitamos? Estou certo de que há algumas coisas que você pode fazer.
E eu a agarro novamente. Perder o dinheiro gasto é que eu não podia.
FIM
Assista agora
Como Chegar em uma Garota
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Um comentário:
hehehe,cara de onde voce tira éssas idéias?
parabens muito legal mesmo!
vo recomenda pra galéra
valeu garoto, grande abraço
té a próscima.
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