Que não existe no mundo animal mais relaxado do que o tal do bicho homem, isso não é novidade. Tenho certeza de que toda e qualquer mulher concorda. Mas o que aconteceu com um meu amigo, dia desses, foi um caso à parte, algo realmente cômico. Temos o poder de rir dos absurdos da vida.
Carlos, esse é o nome do meu amigo, estava com um problema de saúde, uma hérnia. Quem já viu uma hérnia sabe muito bem do que estou falando. Depois de diagnosticada, ele foi encaminhado a uma avaliação para a cirurgia. Isso o levou a longas e demoradas consultas médicas. E é sabido que homens são completamente omissos quando na presença de outros homens. Carlos foi várias e várias vezes ao consultório desse médico. Chegando lá, abaixava a calça e descia um pouco a cueca, deixando à mostra s hérnia. Sem mais delongas o médico via a hérnia enquanto fazia anotações no prontuário.
Nessa semana ele teve que voltar para uma nova avaliação. Foi como sempre, esperou e, depois de uma meia hora, chamaram-no ao consultório. Mas qual não foi a sua surpresa quando ao invés de encontrar o médico seu amigo e cúmplice, viu-se diante de uma doutora de face séria que nem ao menos se deu ao trabalho de responder-lhe bom-dia. Ele sentou-se na cadeira de frente a doutora que apenas repetiu tudo aquilo que o outro médico havia lhe dito em várias consultas, nada demais.
Pouco depois ela pediu para que ele ficasse de pé, queria examinar a hérnia. Ele não se opôs. A doutora, no entanto, foi até a porta e, para a surpresa de Carlos, entrou na sala um grupo de cinco estudantes, lindas, maravilhosas e curiosas para acompanharem o tratamento de uma hérnia pessoalmente.
- Por favor, disse a doutora, nos mostre a sua hérnia.
Ele fez como estava acostumado. Abaixou a calça, desceu o lado direito de sua cueca. A doutora aproximou-se mais e, sem cerimônia alguma, abaixou-se a sua frente. Encarou-o e disse.
- Com sua licença – e abaixou-lhe a cueca até os joelhos.
Desconcertado e envergonhado viu aquelas lindas estudantes aproximarem-se e o examinar como se fosse um daqueles cadáveres que estavam acostumadas a dissecar. Ficou tão embaraçado que mal podia encarar as pessoas. Foi quando olhou para baixo que aquela situação embaraçosa tornou-se bem mais vergonhosa. Ao abaixar a cabeça notou que a sua cueca, aquela vermelhinha, a qual sua esposa vivia ameaçando jogar no lixo, estava com um grande furo na parte traseira. O que fazer? Ele só conseguia ver as doutoras olhando para aquele buraco enorme em sua cueca.
O resultado foi que ele saiu daquele consultório completamente arrasado. Encontrou-me no mesmo dia narrando-me o caso. É lógico que quase morri de tanto rir e passei a chamá-lo de Furinho. Furinho disse-me, então, que a partir daquele dia iria comprar uma cueca nova a qual seria usada somente para ir ao médico.
- Vai ser minha cuequinha de ir ao médico
Valdir Bressane
2 comentários:
Valdir, meu amigo! Finalmente estou conseguindo postar no seu blog!!!
Texto fantástico, como sempre. Fiquei imaginando a situação do pobre coitado.. eheheheh Já não basta ter que ficar peladão na frente de todo mundo (pô, se pelo menos não fosse uma consulta médica, ainda vá lá!!!), ainda foi obrigado a mostrar o furo na cueca!!!
Um grande abraço!!!! Seus textos estão fantásticos!
Maurício
Muito bom vey gostei..kkkkkkkkkk'
vou divulgar vc aqui no blog também.
Parabéns e abraço. Sucesso para vc!
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