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segunda-feira, 6 de abril de 2009

A mulher que odiava os homens 12 - o plano infalível de vingança

A mulher que saiu daquela clínica naquele dia era uma mulher renovada. Os seus seios doíam como nunca, no entanto estava satisfeita com o volume que levava agora, embora o médico tivesse dito que aquilo tudo era porque ainda estava inchado e que iria diminuir um pouco com o passar dos dias. Mas Natália lá queria saber se iria diminuir ou não, estava feliz como nunca. Feliz por ser notada por todos os lugares pelos quais passava, por não ser mais a menininha sem peitos que sempre fora. Linda e maravilhosa, ela sentia que a rua era uma passarela e que todos eram os seus expectadores. Sorria ao ver que o velhinho lhe observava, que o menino a olhava, que os homens a olhavam com desejos, que as mulheres lhe olhavam com inveja. E isso aconteceu durante todos os dias que se seguiram. Embora aquele sutiã lhe deixasse um tanto quanto desconfortável, sentia que estava linda e maravilhosa.
Sua mãe quase teve um ataque quando viu a filha surgir em casa com aqueles peitões enormes que nunca teve, imaginou que aquilo fosse algum tipo de enchimento, algum sutiã novo que valorizava o busto. Quando a filha contou-lhe que fizera uma cirurgia plástica, isso foi motivo para a velha falar por mais de três dias, reclamando:
- Onde já se viu, fazer uma coisa dessas sem consultar sua mãe. Deus não a fez assim, você não tinha direito de mexer dessa forma em seu corpo.
Natália dizia que a vida era dela, era maior de idade, não tinha nada que pedir autorização a alguém, era dona de seu próprio nariz, faria o que quisesse e tivesse vontade. Por fim convenceu a mãe de que aquilo era algo normal, que todas as pessoas do planeta faziam aquele tipo de cirurgia sem problema algum, era como passar um batom, era para dar uma renovada no visual, só isso. E a velha entendeu que aquilo poderia ser realmente normal e com o passar da semana acabou invejando a sorte da filha em ter nascido numa época em que era possível se fazer aquele tipo de cirurgia. Em sua época para ter mais seios tinha que enfiar um mundo de panos dentro do sutiã e torcer para que o movimento não os tirasse do lugar, deformando-os, ao invés de embelezar.
Natália, que tinha pressa na recuperação fez um repouso absoluto por mais de dias e quando uma nova semana chegou ela estava praticamente recuperada da cirurgia e só não devia, como lhe avisara o médico, fazer nenhum esforço demasiado, do contrário a vida continuava normalmente. Assim já no começo da semana seguinte quando o inchaço diminuiu foi que ela pode ver os seus peitões, agora sem nada que os segurasse. Mirou-se na frente do espelho. Aquilo era um espetáculo, seus seios estavam iguais as daquelas mulheres de propaganda de cerveja. E pensar que ela esperara tanto tempo para poder se ver como agora, perfeitamente linda, maravilhosa e poderosa. E não cansava de admirar-se em frente ao espelho, nua, vendo que agora todo o potencial de sensualidade estava evidente, não haveria nesse mundo homem que pudesse resistir àquilo. Ela sorria a apalpava os próprios seios como a se certificar de que eles fossem reais. Eram reais! Ela os apalpava mais ainda! Que felicidade sentiu naqueles dias, felicidade essa que estaria completada com a sua vingança.
Na tarde da quarta-feira sua alguém tocou a campainha da casa de Natália, ela estava deitada no sofá e não quis levantar-se para atender, sua mãe é quem foi abrir a porta e assustou-se com um grupo de mulheres lindas que adentraram sua sala. Primeiro ficou assustada, depois entendeu que aquilo era arte de sua filha. As mulheres entraram e Natália as conduziu até o seu quarto provavelmente para que pudesse conversar melhor. A velha sua mãe rodeava de um lado para o outro do corredor tentando entender o que acontecia, mas não conseguia ouvir nada que era dito lá dentro.
Depois de mais de vinte minutos em que elas estavam no quarto a campainha tocou novamente a mãe de Natália foi atender pensando que seria mais alguma mulher, essa certamente atrasada para a reuniãozinha a portas fechadas. Mas quando abriu a porta foi que o seu coração quase parou, deu de cara com dois homens enormes, um negro com cara de assassino e um branquelo com cara de traficante, um vestia uma camiseta do Flamengo, outro uma escrita CV em letras vermelhas e garrafais. Ela temeu que fosse um assalto e mal entendeu o que eles disseram até que um sorriu um sorriso amarelado por cigarro e disse que tinha vindo conversar com a Natália.
- E aí, tia? A Natália, tá ou não tá?
- Está, sim. Espera só um momento que eu vou chamá-la – respondeu a velha ainda se recompondo. Depois deixou a porta aberta porque não teve coragem de fechá-la na cara dos indivíduos e correu bater à porta do quarto da filha.
Natália abriu a porta do quarto sorrindo.
- o que foi mãe?
- Tem uns tipos estranho ali na porta querendo falar com você.
- Já chegaram? - perguntou a menina. E virando-se para dentro do quarto falou com as mulheres que estavam sentadas na cama e todas sorriram e bateram palminhas assanhadas.
Natália não disse nada a mãe e correu até a porta.
- Formiga e Caranguejo, pensei que vocês não viriam mais.
- Que isso delícia, cê acha que nóis ia furar, nóis é de responsa.
- Então entrem e vamos conversar no meu quarto.
O negro passou por Natália e estalou-lhe uma tapa na bunda enquanto o branquelo ria. Quando chegaram à porta do quarto e vislumbraram aquele monte de mulher bonita, ficaram loucos.
- Meu Deus, Caranguejo, tamo no paraíso.
Natália passou pela mãe sem dar-lhe e mínima atenção, sem reparar na cara de horror que ela estava e entrando no quarto fechou a porta. A conversa continuou quase à surdina. Só de vez em quando era possível ouvir uma risada. A mãe de Natália foi para o quarto pegar o terço e pedir para que Deus colocasse juízo na cabeça de sua filha, pois era claro que ela estava para fazer a maior besteira de sua vida.
Quando a reunião acabou o dia também tinha findado e a noite veio tranquila. Natália depois da reunião voltou ao seu quarto. Sua mãe não lhe questionou, pois sabia que não adiantaria. A sua pequena Natália tinha transformado bem mais que os seus seios, tinha transformado seu interior completamente e por um momento sua mãe pensou na possibilidade de ela ter feito um implante de cérebro e não de silicone.
  Ainda não acabou
                                                                               
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