Minhas impressões sobre o livro
Eu sou suspeito para falar da mitologia grega que é minha paixão... paixão assim... sempre que posso leio algo a respeito. Os grandes clássicos que tratam sobre o assunto, por muitas vezes, não é indicado a leitores não muito experientes, por tratar-se de obra de um cunho religioso, filosófico, histórico, sua linguagem rebuscada pode confundir o leitor não muito experiente... Os grandes mestres da Mitologia Grega, Homero, Hesíodo, Ésquilo etc, infelizmente, não pensaram que a maior parte dos leitores no futuro não iria gostar daquele mundo de palavreados que até para encontrar no dicionário dá um trabalho lascado.
A mitologia grega está na nossa cultura universal, é um patrimônio de todos e, embora não a tenhamos mais como uma religião, mas, sim, como ficções alegóricas, o que tem muita diferença, ela inspirou e inspira grandes mestres da arte escrita em romances, contos, poesias, pois a literatura mitológica grega tem um valor realmente universal e atemporal. Ela é apaixonante, quem é apresentado a ela não vai mais conseguir viver sem. Não é um exagero. Os livros mais vendidos do mundo são ainda de autoajuda, livros que tentam levar o leitor ao próprio conhecimento, coisa que a mitologia grega pode fazer e faz isso há milênios, sem parecer lição de moral, sem chamá-lo de idiota fracassado.
O que constatei ao ler o livro Pelos Poderes dos Deuses Olimpianos, é que Sarah Micucci conseguiu transformar todo aquele linguajar chato, rebuscado, insuportável até, em algo gostoso, delicioso, doce, suave e bem humorado. Acredito que quem gosta de mitologia vai amar esse livro, quem não conhece vai se apaixonar e quem não gosta de ler... bem... quem não gosta de ler... não sabe o que está perdendo.
A forma como Sarah Micucci manipulou a história dos doze deuses olimpianos transforma o Pelos Poderes dos Deuses Olimpianos, num referencial, num livro que deveria ser lido por todos aqueles que querem ensinar algo de especial aos seus filhos e, principalmente, por todos aqueles que querem aprender um pouco mais sobre os doze deuses olimpianos e sobre a própria arte da vida, porque suas histórias não falam somente de acontecimentos lá dos anos do nascimento do mundo e do homem, não, a mitologia grega, coisa que Sarah conseguiu retratar muito bem, é uma reflexão viva, completamente contemporânea sobre o comportamento humano.
No livro de Sarah é contado a história de Zeus, o Invencível, o todo poderoso do Monte Olimpo, a de Hera, Poseidon, Hades, Atena, a sábia, minha preferida, Apolo, Ártemis, Ares, Hefesto, Afrodite, Dionísio e Hermes. Cada qual tem a sua história mais fantástica do que a outra, mais gostosa do que a outra. O livro é tão empolgante que comecei a lê-lo com o computador ligado, na quinta página, eu o desliguei, tranquei-me no quarto e fui para o Monte Olimpo. É realmente muito instigante e inteligente. O leitor viaja na imaginação. E quando ela fala que Cronos engolia os próprios filhos depois que nasciam com medo de perder o seu posto de deus do Olimpo? E Zeus com suas gambiarras para tentar salvar os seus filhos ilegítimos da vingança de Hera, a chifruda do Olimpo? Agora, o que eu mais adorei é quando eles gritam “Pelos Poderes dos deuses!” e fazem suas armadas.
Eu li Percy Jackson e o ladrão de Raios e Percy Jackson e o Mar de Monstros, posso assegurar que a autora Sarah Micucci conseguiu ser mais original que o Rick Riordan, autor desse Best Seller que, ao meu ver, é um plágio de Harry Potter, seguindo a mesma linha de trama, embora ele se baseie em clássicos da literatura grega acho que em muitos pontos baseia-se demais no grande clássico de Rowling e acaba se tornando chato. Eu quis frisar isso para demonstrar que, muitas vezes, não é porque um livro vem com o rótulo de Best Seller que isso signifique que ele seja realmente bom; significa que ele vende, e vendas podem ser conseguidas a partir de uma boa estratégia de marketing e não por mérito do produto.
Trocando em miúdos, posso assegurar que Pelos Poderes dos Deuses Olimpianos, de Sarah Micucci, tem tudo para se tornar um clássico da nossa literatura infanto-juvenil.
Leia-o agora e veja que não estou exagerando uma vírgula.
"O bebê caiu durante uma noite e um dia. Espatifou-se no chão, bem na beirada do mar, e foi com tamanha força que quebrou suas duas pernas."
"De fato Zeus andava paquerando uma mortal chamada Leto. Mas... como namorá-la sem que Hera percebesse? Zeus decidiu se transformar numa codorna e assim transformou Leto também numa codorna, e a seduziu embaixo da copa das árvores. Somente assim poderia despistar os olhares vigilantes de Hera."
"Os deuses chegaram e sentaram-se à mesa. O cabeção do Ares estava morrendo de fome e foi logo se servindo: comeu um ombro do menino, antes que Zeus descobrisse a verdade."
"Quando Cronos casou com Reia, ele decidiu sozinho que não queria filhos. Então desenvolveu uma maneira maluca de impedir os meninos de virem ao mundo: ele os engolia, todas as vezes que seus filhos nasciam."
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Um comentário:
Realmente, a forma como Sarah Micucci explora a mitologia grega... é super legal... e muito agradável a leitura do livro... vale a pena ler!
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