Dr thomas, devo trair a minha esposa?

Prezado Dr Thomas, tenho vivido uma situação bem complicada.

Eu sou casado há vinte e cinco anos e tenho três filhos. Viviemos muito bem por todos esses anos, até que apareceu a Tereza. Tereza é uma morena linda, bem mais nova que minha esposa, muito mais sensual. Tudo começou por uma amizade e acabamos nos apaixonando. Agora, estou dividido, não quero trair a minha esposa, no entanto
não consigo pensar em deixar passar aquele primor de criatura. O que eu faço, Dr Thomas, entro de cabeça sem pensar nas consequências ou fico quietinho e tento esquecer aquela mulher que perturba meus sonhos? Ajude-me, Dr Thomas.

T.H.S

Numa situação como essa a coisa é muito complicada, afinal você está querendo arriscar um relacionamento sério, duradouro, por conta de uma mulher que você, pelo que parece conhece muito pouco.  Eu, no seu lugar, não trocaria o certo pelo duvidoso, mas sim, dava um jeito de unir o útil ao agradável, ou seja, fazia da morena minha amante e via até onde isso poderia ir, conhecendo-a, poderia ter uma ideia melhor sobre se isso valeria ou não a pena, ou você pode passar no supermercado, comprar duas caixas de cerveja e beber a dor de corno, perdoe-me o fato de dizer dor de corno, mas, nesse caso, corno no bom sentido.

Vou te contar uma história que irá ilustrar bem isso que você anda vivendo.

Um amigo meu, estava casado há cinco anos com uma mulher linda maravilhosa, honesta e, até onde sei, muito trabalhadora. O casamento foi bem até o dia em que ele conheceu a Juliana, uma loirinha com cara de inocente, mas que, no fundo, era uma grande pervertida, quase uma ninfomaníaca. Sem pensar, um dia, ele viu-se, de repente, diante daquela mulher, os dois sozinhos, sem testemunhas. Juliana se insinuou, ele não resistiu e aquilo que já era uma atração, tornou-se algo irresistível. Logo ele caiu nos braços da loirinha linda. A coisa começou ali e foi acabar em todas as quintas-feiras no motel. A quinta-feira era o dia do truco com os amigos. A esposa dele sem querer descobriu que ele não andava mais frequentando o truco, então resolveu segui-lo. O resultado foi pegá-lo na porta de um motel e quebrar um pedaço de pau em sua cabeça. Mas isso foi o menor dos males, tomou-lhe depois os filhos, a casa, o carro e boa parte do seu dinheiro. Outro dia encontrei-me com ele. Disse-me que já fez de tudo para tentar voltar com mulher, mas ela não quer vê-lo nem pintado de ouro, disse-me que ela até já estava de namoro. Perguntei-lhe sobre a sua amante. Enfiou-lhe, com o perdão da palavra, o pé no rabo e foi embora com um tal de Ricardo. Bem, o resto não é muito difícil de imaginar, não é?

Se conselho fosse bom não se dava, vendia. Mas se vale o meu, então, meu amigo, pense bem antes de enfiar os pés pelas mãos, no final, você pode ser o único prejudicado.