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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Como sobreviver ao lado de uma mulher Parte X

Muitas vezes nós homens levamos a fama sem deitar na cama. Tem mulher que vive fazendo propaganda do seu marido e quando encontra uma compradora fica brava. Outras vezes, somos traídos pela inveja ou coisa que o valha e temos nossos relacionamentos destruídos por pessoas que se acham no direito de destruir um casamento. Naquele momento eu confesso que todo o meu desejo pela Fernandinha havia dado lugar a certo nojo, eu não podia conceber a ideia de alguém ficar com outra pessoa na base da chantagem e da mentira, isso era demais até mesmo para o meu desejo desenfreado por sexo. Ela havia encontrado um inimigo e não um amante. Eu estava bufando de raiva e ainda sem saber o que fazer. Se eu fosse ao encontro cairia na frigideira, se eu não fosse iria parar no caldeirão, e aquilo me martirizava pelos minutos que se seguiam. Eu estava há mais de três quarteirões do citado clube e enquanto eu caminhava naquela direção eu pensava em como escapar. Pensei em apelar para a razão, mas estava na cara que a Fernandinha não daria o braço a torcer e , ficar comigo, agora, era questão de honra e não de desejo.
Meus passos eram indecisos e trôpegos como o de um bêbado. Eu praticamente rezava pedindo uma iluminação divina, uma ideia milagrosa que pudesse me tirar daquela situação e fizesse voltar ao meu antigo e bom casamento, sem muita diversão, mas com tranquilidade e entendimento. Mas nenhum santo ou anjo parecia estar de plantão por aquela rua e cada vez mais eu me aproximava do que seria certamente um desfecho terrível para o meu casamento. Eu me condenava por ter sido um leviano, um idiota, eu já devia ter imaginado isso vindo daquela mulher, uma pessoa que vende o seu corpo a um homem com o intuito único de tirar-lhe dinheiro. Aquela não era a Fernandinha que eu conhecera. A Fernandinha com a qual eu sonhara por anos a fio era uma pessoa delicada, simples e apaixonante e apaixonada.
Quando me aproximei do clube notei um carro parado debaixo de uma árvore ao lado do portão principal. Era ela, ouvira falar que ela estava com um carro zero para cima e para baixo ostentando a sua conquista bem sucedida.
Foi quando um anjo assoprou uma ideia no meu ouvido. Era a saída, era a forma perfeita de acabar com aquela história. Poderia não dar certo, mas pelo menos parecia uma chance de eu escapar daquela cilada. Peguei o celular, disquei um número e falei com a pessoa que deveria me ajudar. Expliquei-lhe todo o meu plano, o que ela entendeu em poucos segundos.
Por fim deparei-me com aquela chantagista barata. Algo nela havia mudado de tal forma que eu não podia mais acreditar que aquela era a mulher que um dia eu havia amado em minha vida. Ela, agora, era só arrogância. 
- O que você quer? – perguntei sem a menor cerimônia.
- Você já foi mais educado.
- Já. Há muito anos atrás quando as pessoas não me chantageavam.
- Vai dizer que você não gostou dessa chantagem?
- Não, não gostei. Você viu o que aconteceu com o meu casamento?
- Não.
- Minha esposa me abandonou por sua causa.
- Ela que é tonta... menos mal, pelo menos, agora, podemos sair sem que você a traia.
- E quem disse que eu vou sair com você?
- Os seus olhos.
- Eu não quero sair com você.
- Quer sim – disse-me ela enquanto passava a mão pelo meu rosto. Se não quisesse não teria vindo aqui.
Eu, lógico, senti vontade de agarrá-la. Não sei porque nós homens esquecemos com tanta facilidade o que essas mulheres ordinárias nos fazem ao primeiro carinho. Mas eu precisava me manter firme. Afastei o rosto.
- Chega, Fernandinha. Acabou. Eu não quero nada com você, você é passado. Tchau.
- Eu vou contar para a sua esposa que você ficou comigo.
- Por mim, conte, ela não é mais minha esposa mesmo. Adeus.
Virei as costas e fui andando em direção a minha casa. Ela entrou no carro e veio lentamente ao meu lado tentando convencer-me.
- Não, Fernandinha, não se rebaixe, dê-se o mínimo de dignidade.
- Dane-se a dignidade. O que eu quero é você.
Eu parei no meio da rua.
- Você não vai mais ficar comigo.
- Por favor, pelo menos uma vez, estou indo embora dessa cidade, juro que não o procuro mais.
- Só uma vez e você some da minha vida?
Ela sorriu, maliciosa, certamente contava me conquistar novamente depois de uma noite de amor.
- Tudo bem. Só uma vez e você desaparece da minha vida.
- Combinado. Entre no carro, vou levar você para o Paraíso.
- Não. Você é louca? Eu quero voltar com minha esposa e não vou sair com você assim em plena luz do dia. Faça o seguinte. Hoje, depois das onze horas, você vai até minha casa. Estacione o carro bem longe ou vá a pé, será melhor. Eu estarei esperando você.
Ela refletiu e depois sorriu.
- Ótimo, então me espere. Às onze em ponto estarei lá.

Amanhã é a Gran Final  de "Como Sobreviver ao lado de uma mulher".
Não perca.
Às dez da noite.
Enquanto isso
Eu não queria ter uma mulher assim
Marido chega em casa e apanha da mulher
Ela agora está solteira quem se habilita? 





Mundo Curioso

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