Eu não conseguia lembrar-me do porque de termos nos separado. Ah, sim, foi por causa de uma discussão idiota entre sua mãe e eu, nós brigamos, discutimos feio, e cada um foi para o seu canto. Fim. Por isso que eu digo que sogra é como cerveja, o bom é gelada e em cima da mesa. Eu não gostava nenhum pouco da Dona Julieta, uma velha arrogante, queria porque queria casar a filha com o primeiro ricaço que aparece e vendo-se frustrada, tendo a filha amarrada a um pé-rapado, tratou logo de conseguir nos afastar um do outro. Eu não consigo entender como é que as mulheres, isso acontece muito frequentemente, não conseguem ver que são manipuladas pelas mães, existem mães que são verdadeiras víboras quando se trata de suas filhas, talvez as tendo como sua última chance de conseguir alguma coisa na vida. Oh, não, não pense que isso é algo pensado, não, muitas vezes nem a própria sogra imagina que queria fazer isso de suas filhas, torná-las simplesmente degraus para a escalada social. O problema é que tem muitas e muitas sogras assim. Coitado do pobre desgraçado que as tem em seu calcanhar vinte e quatro horas por dia.
O que não falta é sogra que vive se intrometendo em vida de filha, desculpando-se que só estão pensando no melhor para o futuro delas. Mentiras, mulheres não deixem suas mães intrometerem-se em sua vida conjugal, nada justifica a intervenção de uma sogra, e marido, namorado, “ficante” algum gosta de saber que está sendo pauta para discussões entre mãe e filha.
Um caso antigo, para um homem, quando foi realmente muito bom, torna-se inesquecível, uma espécie de joia guardada numa gaveta pronta para ser usada em caso de falta do que fazer ou em caso de desilusão. Eu não era mais apaixonado pela Fernandinha, mas ao vê-la tão linda, imaginei-a, no mesmo instante, sem roupa e senti um nó em minha garganta. Eu sei que parece um pouco cretino, mas é o que pensei naquele momento. Desnudei-a, sim, assim como fazem muitos e muitos homens que veem vocês pelas ruas, nós temos essa capacidade de imaginação. Dia desses assisti a uma palestra em minha empresa, onde o palestrante avisava – mulheres tomem cuidado com tudo aquilo que usam, pois a imaginação do homem já é criativa demais, imaginem com vocês nuas. Não posso crer que vocês queiram ser lembranças de homens solitários sedentos por prazer.
No mesmo instante foi que tomei consciência de que eu era casado e não havia mais nada que eu pudesse fazer em relação àquela linda mulher. Tratei simplesmente de virar-lhe as costas. Eu não podia ficar alimentando esperanças, nosso caso tinha ficado num passado distante.
O Cido encarou-me.
- E aí? Rola um Flesh Back?
- Você é louco. Eu estou casado se você não sabe.
- Cara, até hoje eu me pergunto como você conseguiu namorar essa mulher. Ela é maravilhosa e você um sortudo, sim, porque isso só pode ser sorte.
- Fazer o que se a sorte não sorriu para você.
- Mas você vai deixar passar? Você viu o jeito que ela olhou, completamente apaixonada ainda, pode ter certeza.
- Como assim?
- Não vai correr atrás dela, tentar rever alguns conceitos?
- Você é louco.
- Que louco? Então não estou vendo escrito em sua testa?
- Vamos beber que ganhamos mais. Toca um Raul, Antônio.
Um turbilhão de pensamentos naquele instante. Eu poderia muito bem dar uma escapadinha, combinar com a Fernandinha de nos encontrarmos em algum lugar discreto. Mas eu temia. Temia muita coisa, não era simplesmente trair minha esposa com uma ex, era trair a mim mesmo. Eu houvera passado quinze anos negando-me a traí-la e agora estava eu elaborando um plano para isso. Não, eu não podia, eu tinha vencido tantas tentações para chegar até ali sem ter enfeitado a testa de minha esposa. E olha que ninguém aqui conheceu a Manuela, uma gata que trabalhava comigo e me dava um mole desgraçado. Eu não saí com ela, por mais que desejei, mas lógico que vontade não faltou. Mas com a Fernandinha a história era diferente, havia sentimento envolvido, havia um passado envolvido, muita vida juntos. Certamente se eu saísse com ela estaria reacendendo antigas brasas que poderiam se tornar uma fogueira, que poderiam incendiar o mundo a minha volta. Eu bem que queria poder tornar a tocar em seu corpo, mas absolutamente eu não deveria fazer isso jamais. Isso eu não faria. A Fernandinha já era, quando teve oportunidade deixou-me por causa de sua mãe, agora que se ferrasse, eu estava casado e feliz; ela, sem ninguém. De que adiantava ser linda e maravilhosa?
- Oi.
Ouvi aquela voz que vinha de um passado bem remoto. Virei e dei de cara com aquela mulher de cinema parada ao meu lado, sorrindo. Eu desequilibrei-me da cadeira e fui com tudo para o chão. O Cido chegou a chorar de tanto que riu. Mas a Fernandinha não riu, ficou olhando para mim e agora eu não tinha mais como negar que ela ainda mexia comigo, chegava a me derrubar da cadeira.
- Não vai me convidar para sentar?
Eu iria ou não? Como eu poderia chamá-la para se sentar? E se minha esposa passasse e a visse sentada ao meu lado. Eu tinha certeza de que a casa iria cair, ela não entenderia que eu simplesmente estava conversando com minha ex sem intenção alguma, e nem mesmo eu poderia imaginar que não havia intenção, eu praticamente sentia meu corpo sendo atraído por ela. O Cido até estava de boca aberta. Pudera. Fernandinha estava num salto enorme, uma saia minúscula e um decote onde mais um pouquinho era possível ver-lhe o umbigo. Que homem que aguenta uma pressão dessas. E quando eu a vi abaixar-se e encostar a sua boca em minha face, eu pensei, estou lascado, ferrado... Eu tive vontade de segurar-lhe e beijar-lhe a boca, mas contive-me. Depois do beijinho, sem que ninguém dissesse mais nada, ela sentou-se ao meu lado, cruzou as pernas.
- E ainda está casado coma aquela insossa?
Continua amanhã
Olha o poder dessa loira.
A questão do título não vamos discutir, não tenho culpa.
Continua amanhã
Olha o poder dessa loira.
A questão do título não vamos discutir, não tenho culpa.
Um comentário:
Poxa...tô adorando ler os capítulos é surprendente mesmo, não vejo a hora de ler o próximo, risos, só espero que ele não traia a esposa, tô torcendo pra isso, hehehe.
Mas, é mesmo assim, você está descrevendo o Homém bem brasileiro e acima de tudo Nordestino e Cearense ufffa, sem tirar nem por, não pode ver um rabo de saia pela frente principalmente se for bela. Mas...o que se há de fazer, é se conformar e fazer como li não sei onde, que a melhor forma de saber se alguém nos pertence por puro prazer, com espontaneidade, é deixa-lo livre e seja o que Deus quiser e é isso que estou tentando fazer...risos muitos risos.
Um abraço e espero ler o próximo amanhã, viu? Duda
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